segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Não lembrava mais que eu tinha um blog aqui. Eu havia esquecido meu login e depois que eu lembrei do login eu não lembrava da minha senha. E daí que eu lembrei dos dois eu vim parar aqui pra escrever, porque hoje eu não estava me aguentando. E o ponto que me levou pra cá foi a notícia de que uma das minhas amigas de colégio, que eu gostava tanto, se separou do namorado/marido depois de seis anos juntos. E eu soube disso hoje através de terceiros.

E me estarrece saber que um dos relacionamentos mais divertidos que eu já vi no mundo desapareceu, como se o conceito de descartabilidade das relações humanas fosse aplicável até às pessoas que eram (ou eu achava, etc) completamente alheias a ela. E foi um soco no estômago saber disso tudo, ensejando o contrário.

Geralmente sou apartidária de algumas situações que ocorrem com casais. Não gosto de culpar uma pisada de bola, um não-te-dou-satisfações, pois as pessoas se acostumam às intempéries que elas mesmas criam. Uma situação antes insuportável pode esperar alguns dias para que tudo volte ao normal. Sou adepta da ideia de que amanhã tudo se resolve. Hoje em dia até as crises são descartáveis.

Não deu.

Eu não acho que tudo seja tão inexorável a ponto das pessoas continuarem no mesmo lugar que começaram em um relacionamento. Mas quero acreditar que aqueles velhos modelos insolúveis se perpetuem. Gosto de pensar que meus avós aguentaram uns bons sopapos no coração em seus quase 60 anos de casados. Nada que apareça nas fotografias, é claro. Mas no fundo deve haver muito amor contruído ano após ano. Eu penso: "Sério que ela aguentou esse tempo todo aquele carinha que fala tão baixo quanto sua altura?". A vida tem dessas.

Ouvindo: Bill Callahan - Too Many Birds

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