quarta-feira, 3 de junho de 2009

Teoria da mulher previsível

Conversando com uma grande amiga minha, a Fer, chegamos à conclusão de que há dois tipos de mulheres: a mulher normal, com seus defeitos e qualidades (poderia dizer anormal também, visto que a anormalidade é mais comum do que se pensa, aquele tipo de mulher que não é sonsinha, nem muito menos abre a boca quando o mínimo pedido é ficar em silêncio), e existe também a mulher previsível, a qual todos os seus atos, vontades e desejos são tão previsíveis quanto achar água salgada no oceano.


Ok, que minhas metáforas hoje estão tão péssimas, ou, digamos, "previsíveis".


Mas outro dia eu falo mais dessa teoria, tão aplicável nos dias de hoje, porque agora eu vou ao cinema.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Um dia de protesto

Protesto às segundas-feiras preguiçosas, ao leite congelado na geladeira quebrada, à exaltação da virilidade masculina, como se homens não tivessem o direito de serem sensíveis. Protesto ao cheiro de picaretagem que infesta os departamentos da faculdade, à idiotice que emana de alunos igualmente idiotas, e a quantidade de pérolas proferidas pelos mesmos. Protesto a bagunça que eu não consigo arrumar em meu quarto, à louça sem lavar, à roupa suja jogada no canto da lavanderia, ao meu celular perdido, a enorme quantidade de coisas para fazer, mas por hábito, as deixo para última hora, como trabalhos e exercícios de inglês. Protesto a inutilidade proferida por alguns seres contando do último "bafão" da semana, ao lixo sonoro vindo de carros "tunados", com motoristas que adoram lixos sonoros típicos de carros tunados. Protesto à falta de respeito de motoristas de ônibus que não param para idosos; a completa falta de higiene de pessoas passando fio dental nos dentes ao lado do bandejão. Protesto a pessoas que rasuram, riscam e estragam livros da Biblioteca. Protesto a pessoas que abrem as janelas dos ônibus com ar condicionado, por mim, tiraria toda essa mordomia daqueles que não sabem aproveitar.

Protesto à normalidade irritante, ao cotidianinho medíocre de menininhas de classe média; ao telefone que toca; ao telefone que não toca. Protesto àquele "tudo bem?" que não é mais ouvido como uma pergunta de preocupação, mas como um simples cumprimento. Protesto ao politicamente correto, protesto!

Protesto ao péssimo atendimento das imobiliárias, que só sobrevivem porque nós dependemos deles. Protesto ao mal hábito do excelentíssimo senhor da Seção de Graduação de sempre atender a todos com aquela expressão linda de "durmo de calça jeans há 10 anos". Protesto ao dono da banca de jornal que não me deixa ler gibis antes de comprá-los. Protesto aos preços absurdos de livros e cd's. Protesto à RIAA por tanta hipocrisia. Protesto àqueles que pensam que mulher possui preferências inatas, que mulher deve gostar de rosa, e não do azul e odiar qualquer coisa que envolva as palavras "astronomia"/"video-game"/"mitologia".


Protestar é uma forma válida de libertação.

Ouvindo: Massive Attack - Man Next Door