sábado, 28 de janeiro de 2012

SACOLAS PLÁSTICAS

Eu vou dizer uma coisa, e pode ser até verdade que eu me exceda, mas esse papo dessa lei das sacolinhas plásticas vai destruir a minha vida. Porque? Ora, eu malemá esqueço de carregar minha carteira pra ir nos lugares, quanto mais levando ECO-BAGS a tira-colo. Não dá. Se bem que eu acho super certo a questão ecológica envolvida, e quase não ligo de saber que os supermercados estão faturando um lucro ABUSIVO do trabalhador que não tem eco-bag

Meu pai tava me contando hoje no carro:

- Tá, eu vou continuar usando sacolinha e não quero nem saber. Vou ter que comprar, mas e daí O mundo tem mais coisa pra se preocupar com essa gente mercenária querendo que eu compre essas sacolas retornáveis, que além de feias, vão me obrigar a carregá-las de lá pra cá. Onde é que eu vou colocar o lixo na rua?

É um ponto que eu sempre me pergunto quando penso que daqui um tempo as sacolinhas plásticas vão desaparecer tipos para sempre: onde é que eu vou enfiar o lixo pra por na rua?

Dúvida existencial.

Ouvindo: Low - Try to Sleep

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Não é ~fácio~

Já que hoje eu estou num degrau acima da escala mundial de depressão (e hoje eu tive acesso à internet e o Twitter saiu do ar), eu vou ver again and again DIRTY DANCING - RITMO QUENTE.

Eu acho Dirty Dancing um dos meus filmes favoritos e eu vou dizer por que.

1) Tem um Patrick Swayze dançando MAMBO. Patrick Swayze, muitas saudadinhas :~

2) A BABY. A Baby é um caso à parte. Ela é um dos exemplos de superação da mulher. No começo do filme ela é a sem-graça da turma, luta pela paz mundial, não usa maquiagem etc. No final ela ainda é a mulher que luta pela paz mundial, mas agora com a coisa toda da sensualidade. E ainda pega o gatinho dançarino.

3) Time of My Life. Não tem como não se contagiar com essa música, com esse final (eu não recomendo que assista a esse vídeo se você é um dos losers que ainda não viu esse filmão, sério). É o ápice de todo o cinema dos anos 80, eu sinto muito uma vontade louca de dançar essa música do nada (se eu soubesse dançar).


Ouvindo: Time of My Life, lógico.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Ah, o amor...



... tão sórdido.

domingo, 15 de janeiro de 2012

O Perfume


Hoje, depois de pelo menos umas três horas deitada na minha cama em no máximo duas tentativas de posição confortável, terminei de ler O Perfume - A História de um assassino (Das Parfum no título original), uma belíssima obra de Patrick Süskind que conta a história de um jovem que desde muito cedo tem posse do mais extraordinário poder olfativo que jamais existiu na face da Terra.

O personagem Jean-Baptiste Grenouille é retratado na ficção como um sujeito alheio ao mundo, solitário, que nunca recebeu nenhuma forma de amor. Porém, ele tem um dom. Seu único talento, o de buscar, selecionar e categorizar aromas o leva a procurar seu verdadeiro sentido da vida: descobrir um perfume único e capaz de provocar profundo estímulo em quem sentir seu aroma.

O livro todo é cheio de referências tão bem descritas que dá ao leitor a sensação de estar dentro da loja de perfumes e especiarias de Giuseppe Baldini, ou dentro de uma cena de crime, ou diluindo em álcool suas fragrâncias preparadas para a realização de seu projeto pessoal. A narrativa, não-estática, ora nos leva a ficar na posição de Grenouille ou na dos outros personagens com quem ele convive. O narrador está sempre em uma posição de transcendência no relato dos acontecimentos, tendo o conhecimento de tudo o que está ocorrendo. A descrição dos cheiros - bons e ruins - que percorrem toda a narrativa, como disse antes, é tão importante que o narrador parece ele próprio o assassino.

A linguagem é um ponto marcante na história. Algumas vezes me assustei, pois dentro de uma descrição bela de uma fragrância o autor utiliza-se de substantivos de forte carga semântica, como larvas, putrefação, entre outros, que tornam o relato às vezes bastante incômodo... acredito que uma história tão destrutiva como é O Perfume garante seu tom exatamente por isso: a maneira com que o autor trabalha as palavras positivas e negativas de forma tão brilhante.

Em 2006 foi realizada uma adaptação cinematográfica da obra mostrando as artísticas atrocidades de Grenouille. Exatamente como no livro, ele isenta seus outros quatro sentidos para dar vez a seu olfato poderoso. Algumas partes do livro não foram mostradas, como a redenção de Grenouille após sua exclusão do mundo em sua caverna, com a ajuda do Marquês de La Taillade-Espinasse, que utiliza-se dele como cobaia em um experimento científico, ou na enorme descrição do sucesso dos perfumes de Baldini. Talvez partes significativas na história publicada em livro não tivesse significado tão importante para o cinema, mas é um filme bastante fiel à obra literária como um todo. E o garoto que encarnou o personagem principal é extremamente verossímil, quase tão parecido quanto o Grenouille imaginado (por mim) no texto escrito...

Primeiro livro lido em 2012, O Perfume fez meu começo de ano bem mais - caham - perfumado.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Amor depois da morte

Eu não sei se é porque eu estou super sensível-mulherzinha-na-TPM, mas essa história é muito linda. Como as pessoas podem ficar com nojinho com coisas assim? Eu acho que é inveja.

É tipo a lenda do D. Pedro e a sua Inês de Castro.

Férias

Hoje é o meu último dia de férias, o que significa que eu trabalhei feito camela o dia todo pra arrumar a mala e não esquecer as coisas-chaves para viajar amanhã cedinho.
Eu peguei meias, lingerie. Depois fui ao banheiro garimpar tudo o que eu sempre deixo lá, como escova de dentes, toalhas, condicionador, esmalte, etc. Agora eu estou dobrando umas camisetas e guardando minha diversão na volta ao trabalho: DVDs do Bones e alguns livros que eu peguei emprestados do namorado. Vou me acabar em Araraquara, lide com isto.

O dia hoje está frio e chuvoso. Fiquei tentando baixar "Fahrenheit 451" o dia todo, mas por incompetência pura do Speedy a internet foi quicando até a morte e eu, por muito pouco, não consegui baixar o filme todo a tempo. Assim que consegui terminar o download eu tentei rodar na TV da sala, só que existe uma coisa muito séria e que deve ser um dos grandes problemas familiares causadores de sérios danos em suas estruturas: só tem uma TV na casa. E é daquelas TVs que ficam ligadas o dia inteiro nas ~novelas~. Eu sempre pergunto pra minha mãe por que ela e meu pai decidiram comprar uma TV de LED pra assistir NOVELA e BBB. Eu nunca vou entender esse fenômeno. Então eu fiquei sem ver o filme (e eu não vou ver no notebook porque é comprovado cientificamente que assistir filme numa tela de 14" é coisa de looser).

Amanhã já estarei de volta, agora no emprego novo. Eu adoro essa expectativa de trabalho novo, é como se eu tivesse mais um lugar reservado para me entediar.

Ouvindo: Chet Baker - There's A Lull In My Life

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Não lembrava mais que eu tinha um blog aqui. Eu havia esquecido meu login e depois que eu lembrei do login eu não lembrava da minha senha. E daí que eu lembrei dos dois eu vim parar aqui pra escrever, porque hoje eu não estava me aguentando. E o ponto que me levou pra cá foi a notícia de que uma das minhas amigas de colégio, que eu gostava tanto, se separou do namorado/marido depois de seis anos juntos. E eu soube disso hoje através de terceiros.

E me estarrece saber que um dos relacionamentos mais divertidos que eu já vi no mundo desapareceu, como se o conceito de descartabilidade das relações humanas fosse aplicável até às pessoas que eram (ou eu achava, etc) completamente alheias a ela. E foi um soco no estômago saber disso tudo, ensejando o contrário.

Geralmente sou apartidária de algumas situações que ocorrem com casais. Não gosto de culpar uma pisada de bola, um não-te-dou-satisfações, pois as pessoas se acostumam às intempéries que elas mesmas criam. Uma situação antes insuportável pode esperar alguns dias para que tudo volte ao normal. Sou adepta da ideia de que amanhã tudo se resolve. Hoje em dia até as crises são descartáveis.

Não deu.

Eu não acho que tudo seja tão inexorável a ponto das pessoas continuarem no mesmo lugar que começaram em um relacionamento. Mas quero acreditar que aqueles velhos modelos insolúveis se perpetuem. Gosto de pensar que meus avós aguentaram uns bons sopapos no coração em seus quase 60 anos de casados. Nada que apareça nas fotografias, é claro. Mas no fundo deve haver muito amor contruído ano após ano. Eu penso: "Sério que ela aguentou esse tempo todo aquele carinha que fala tão baixo quanto sua altura?". A vida tem dessas.

Ouvindo: Bill Callahan - Too Many Birds