quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Minha vida é uma novela mexicana...

Com roteiro ruim, dramalhões existenciais, show de interpretações e vilões no estilo Paola Bracho.

ouvindo: Chavez - Unreal is real

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

PERDIDOS

Ok, vou relevar que o é fã de Lost, e ir direto ao ponto.
Em um dos posts anteriores citei essa série pra fundamentar essa procura dos roteiristas por teorias da conspiração, que bem ou mal seguram o telespectador em frente a telinha. nada mal, já que a série atualmente está na quinta temporada. veja, antes da quinta temporada aconteceu MUITA coisa. seguindo uma ordem não-cronológica da coisa, tudo começa no acidente de avião que os trouxe até a ilha. mais tarde, o Ethan sequestra a Claire, em meio a flashbacks da vida dos sobreviventes, como os de Locke com seus pais biológicos (fato um pouco mais explicado mais tarde), enquanto a Claire tem o filho dela, o Michael (é ele mesmo? i don't remember) é envenenado, o monstro da fumaça aparece, o aparecimento do urso polar (como se fosse muito bem explicável um urso polar aparecer em uma ilha tropical se não fosse por uma idéia tirada de uma bad trip do redator do seriado), se descobre a existência dos Outros (antigos habitantes da ilha, incluso o Ethan), Locke que parou de andar, na verdade teve PARALISIA PSICOLÓGICA e voltou a andar mais tarde (dã, isso foi o fim), isso acontecendo enquanto uma centena de coisas começam a se desenrolar a partir do cotidiano deles, dos motivos que eles encontram para estar na ilha fingindo ser explicados pelos malditos flashbacks enquanto nós, telespectadores idiotas que somos, bolamos teorias sobre as viagens psicotrópicas destes mesmos roteiristas, que não satisfeitos em colocar um monte de dúvidas em nossas massas cinzentas, ainda fazem o desfavor de não explicar o estritamente necessário . Isso porque eu citei só parte da primeira e segunda temporada...
Vou ser bem franca afinal: Lost é tipo um episódio lindo para dois chatíssimos. Ou seja, FRUSTRA.

Infelizmente, Heroes, que eu também assisti, está indo pelo mesmo caminho. A segunda temporada é insuportável.

Pra dar mais embasamento à minha linha de raciocínio vou postar alguns argumentos que eu encontrei na comunidade do Orkut "Eu odeio Lost". Sim, acho que encontrei alguém tão mais ocioso quanto eu...
Texto longo, porém embasado. vale a pena sua leitura.

"Lost tem GRAVÍSSIMOS problemas. E boa parte deles são problemas estruturais" mesmo, quer dizer, não podem ser "consertados" pois surgem da própria natureza do seriado.

Por exemplo, alguns deles, sem pesquisar muito ou entrar em minúcias de cada episódio (e para os fãs não virem me encher o saco, vou colocar apenas fatos aqui, sem entrar no campo das opiniões, ou dos "na minha opinião..."):

* FATO: Lost é uma série extremamente lenta.

A própria construção do seriado impede que seja um show muito dinâmico - os flashbacks ocupam mais de 50% do tempo de episódio.

Mas pra piorar existe uma imensa falta de ousadia dos produtores. Por exemplo, no último episódio da 1a. temporada de Arquivo X nós vemos um FETO DE ALIEN!!!! Compare esta descoberta com o que nós vemos no último capítulo da 1a. temporada de Lost...

* FATO: Lost é repetitivo.

Na 1a. temporada Sawyer quer a todo custo pegar um javali, em um dos episódios. Na 2a. ele quer... Bem, quero deixar esse tópico spoiler-free mas quem já viu o 2.14 já sabe...

Na 1a. temporada Kate faz de tudo pra recuperar um aviãozinho perdido. Na 2a., no episódio "And Found"... Continuo querendo deixar esse tópico spoiler-free mas quem já viu, já sabe...

Na 1a. temporada a Claire é sequestrada e todo mundo quer achá-la... Na 2a. é a vez de [SPOILER] levar exatamente o mesmo fim... E a mesma trama volta à tona...

* FATO: Lost é um seriado extremamente aberto a novos conceitos e cruzamentos de gênero dramático. A ponto de se não ter a menor base do que é realista ou não dentro do universo proposto pelos roteiristas.

Traduzindo pra ficar mais claro:

Lost tenta com tanta vontade ser uma série que não se enquadre em um gênero (por exemplo: thriller, ficção científica, etc) que tudo nela é aceitável: Alguém se surpreenderia se o exército fosse o responsável pelo que acontece na ilha? Com certeza não. E se fossem Aliens? Também não... E se fosse alguma força divina ou incompreensível, feito um sonho coletivo por exemplo? Também já foi uma teoria proposta...

Pô, até desenho do pica-pau tem um universo auto-contido. Se aparecesse o Leôncio sodomizando a pobre ave, a gente ía parar e dizer: Ôpa, tem alguma coisa errada aí!

Já em Lost, logo, logo, podem começar a aparecer círculos na plantação... E ninguém poderá dizer "Nussa! Que porra é essa caraio!?!!?" porque a série criou um universo tão aberto que simplesmente TUDO que alguém imaginasse seria aceitável...

* FATO: Lost tem MUITOS enigmas que só são enigmas porque os escritores ESCONDEM INFORMAÇÃO BÁSICA DA AUDIÊNCIA!

O sexto sentido foi bem feito, se você rever o filme pode notar que TODAS as pistas estão lá, a gente só não pega o segredo de cara porque nós não fomos capazes.

Agora em Lost... Quem já sabe a resolução do enigma do Pai do Jack, por exemplo, sabe que aquilo só se tornou um enigma porque os roteiristas ocultaram uma informação básica da audiência no flashback dele no aeroporto...

Pra resumir o conceito de modo que vocês possam aplicar a outras séries e filmes por aí: UM MISTÉRIO QUE SÓ PERMANECE MISTÉRIO PORQUE O DIRETOR *ESCONDE* INFORMAÇÃO ÓBVIA DA AUDIÊNCIA NÃO É UM MISTÉRIO, É NO MÁXIMO UM TRUQUE DE "ILUSIONISMO DRAMÁTICO"!

* FATO: Lost não recompensa os fãs por sua audiência.

Todo mundo se sentia feliz quando a Smurfete era salva do Gargamel no final de cada episódio dos Smurfs, certo?

Isto se chama "recompensa dramática", isto é, o mocinho beijando a donzela no final de um filme de amor é a recompensa que a audiência recebe por ter acompanhado toda a odisséia.

E isto deve ocorrer sempre, em toda série! Do contrário quem assiste se sente "traído", enganado, e como se tivesse "perdido seu tempo" acompanhando a série ou filme.

É por isso que "A Bruxa de Blair", "Mar Aberto", "Cidade dos Sonhos", etc, estão entre os filmes mais odiados por boa parte dos cinéfilos...

E lost é o seriado que menos se preocupa com esse aspecto, entre todas as séries já feitas!!!!

Lost frustra a audiência em uma pequena escala - TODOS os episódios terminam em um "cliffhanger", sem resolução alguma...

E Lost também frustra a audiência na macro escala - Alguém que tenha assistido apenas o 2.01 e 2.02 por exemplo, sabe o mesmo tanto sobre o que há na escotilha que alguém que acompanha a série religiosamente, toda semana, desde o 1.01 até o 2.14...

Por quê eu deveria acompanhar a série se dará na mesma se eu simplesmente assistir o primeiro capítulo de cada temporada, 1 ou 2 do meio, e o último?

E finalmente, os 2 problemas principais:

1 - LOST NÃO TERÁ RESPOSTAS!!!!

FONTE: http://www.tvguide.com/news/askausiello/

Will we get any clarification about the numbers this season?

Damon: Carlton might want to punch me for actually going on record and saying this, but I think that that question will never, ever be answered. I couldn't possibly imagine [how we would answer that question]. We will see more ramifications of the numbers and more usage of the numbers, but it boggles my mind when people ask me, "What do the numbers mean?"

TRADUÇÃO:

GUIA DA TV: Nós teremos alguma resposta sobre os números nesta temporada?

R: O Calrton vai querer me dar um soco por dizer isto mas eu acho que ESTA PERGUNTA NAO SERÁ NUNCA, JAMAIS, RESPONDIDA. Como já disse o sábio criador da "Odeio Lost !" no Orkut (nota do tradutor: alguns elementos foram incorporados ao texto para fins de auto-promoção) EU NÃO SERIA CAPAZ DE IMAGINAR [COMO A RESPOSTA A TAL PERGUNTA SERIA] Nós veremos mais ramificações, bla, bla, bla

2 - Os fãs são os maiores lemmings do planeta! Não existe alguém que aceite tudo mais passivamente que um fã de Lost.

Qualquer coisa a resposta genérica é:

Isto será respondido no final! Que graça teria se a série respondesse todos os enigmas agora!?"

"É, Locke, tenho de reconhecer, agora phodeu..."

ouvindo: pizzicato five - baby love child

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Aborrecência

Tava eu organizando minhas pastas de músicas, toda compenetrada, quando me deparo com um arquivo do bloco de notas com um texto de meu blog de 2004 jogado numa subpasta que eu nem lembrava de ter criado. Eu costumava guardar meus arquivos do blog quando eu usava internet discada, e por isso, salvava a tempo sempre que sentia aquela tensão toda de estar escrevendo o texto e na hora de publicar a conexão puf, acabava com a graça. Então, eu era uma adolescente de 16 anos, tinha um blog, salvava os arquivinhos em .txt, usava conexão discada. Até aí tudo ótimo. Quando aí, em mais uma das crises existenciais, deletei o blog, e um pouco tempo depois meu pc foi formatado, o que diminuiria as chances de rir de coisinhas bestas escritas no fulgor adolescente quando chegasse a uma idade suficientemente adequada para rir delas. Ainda bem que ainda assim achei isso nos arquivos:

18 de outubro de 2004:
"o carinha do meu colégio, por exemplo. Hoje eu acho ele o maior cafona e me arrependo de ter um dia ter ficado com ele. Ele é tão sem-graça, tão bobo. Faz piadinhas infames e acha isso o maior bacana. Ele nem é tão bonito assim. Mas ganha de chatice e mau gosto. Ele foi ao show do Capital Inicial, oras. Tem coisa mais broxante que isso?"

-

25 de novembro de 2004:
"Naquele momento eu não acreditava 100% no amor, ainda mais em um amor adolescente, pois eu achava que aquilo não existia. Aquilo foi se tornando insustentável e ele fazia cobranças e tinha umas idéias muito sessentistas pro meu gosto. E estava todo bacanão e fazendo o tipo legal oferecendo ajuda, que eu nem pensava em pedir, ou melhor, que eu nem me preocupava, mas me incomodava pelo simples fato de que outros se preocupassem."

-

26 de novembro de 2004:
"Eu nem fui ao meu curso hoje. Estava com preguiça e a chuva me impediu de sair de dentro de casa. Fiquei vendo Clube da Luta pela décima terceira vez. Eu gravei em uma VHS e havia esquecido dentro do video-cassete. Só fiquei babando vendo esse filme que só confirma que o Edward Norton é mesmo o meu ator preferido do mundo todo."

(...)

Agora só falta descobrir como o textículo acabou sobrevivendo a toda a seleção natural bloguística exercida...

ouvindo: Astor Piazzolla - Libertango (nossa, que velha que eu sou)

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Prison Break - sem spoiler (ou não)

Todos estão sabendo que desde o início dessa semana, a Globo resolveu exibir a primeira temporada da série "Prison Break". A história se passa na penitenciária de Fox River, onde o condenado à morte Lincoln Burrows espera sua execução. Seu irmão, Michael, num ato de desespero e incrédulo no crime que seu irmão supostamente cometeu (já que o mesmo foi metido em uma meticulosa conspiração a qual obriga que ele seja morto o mais rápido possível) assalta um banco e é preso no mesmo lugar que Lincoln. É a partir daí que a história começa a ficar quente. Um plano ambicioso de fuga é organizado na mente de Michael, que não poupa os menores detalhes, desde o desenho do mapa do presídio que está tatuado em suas costas, feito pouco antes de ser preso, até formular um ácido usado para arrebentar grades e que é guardado em um tubo de pasta de dente, uma coisa estilo Macgyver mesmo, só que sem a ideia de explodir a sala do diretor com um palito de dente.

O mais interessante é que não é uma série de suspense e conspiração qualquer, coisa que Lost fez e que hoje em dia não passa de uma sériezinha sonolenta onde só tá faltando aparecer marcianos à procura do Jack pois esse tinha relações estreitas com a Ufologia. Nada disso. Porém, como qualquer seriado de suspense e de tramas intrincadas, uma hora teria um fim, como foi anunciado recentemente. Nada anormal, porém bastante adiado, o que tornou a coisa toda, a partir da segunda e terceira temporada, principalmente, devido à greve dos roteiristas em 2007, bastante entediante, prolongando o enredo ad infinitum e bolando mais uma fuga e a volta de antigos personagens e et al.

De qualquer modo, a primeira temporada, que na minha opinião bate todos os inícios de todas as séries que já vi (até mesmo Lost, mas como dito antes, esse já perdeu o sabor), pode muito bem ser apreciada e agora na tevê aberta, mudando um pouco as notícias em voga tal como aquelas envolvendo o BBB.

E falando nisso, acho que não é apropriado ignorar um pequeno detalhe: a presença em forma tupiniquim do personagem principal do seriado no realiy show (hummmm):


ouvindo: Hefner - God is on my side